A nossa homenagem às comunidades portuguesas pelo mundo
Nosso Portugal

06 Junho 2020

A nossa homenagem às comunidades portuguesas pelo mundo

A nossa homenagem às comunidades portuguesas pelo mundo
Portugal existe como país desde 1143, quando D. Afonso Henriques assinou o Tratado de Zamora com o seu primo, Alfonso VII de Leão. Isto significa que temos uma história longa e complexa. No dia 10 de Junho de cada ano, celebramo-la. O 10 de Junho é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Camões, claro, é o autor d'Os Lusíadas, a épica obra nacional. E as comunidades portuguesas são um dos legados mais bonitos da nossa história.

Os portugueses são um povo de viajantes

Portugal tem apenas uma fronteira terrestre, que nos separa dos nossos vizinhos em Espanha. A restante fronteira é com o mar. Isto fez de Portugal uma nação de marinheiros e viajantes desde muito cedo, com veleiros portugueses a abandonar o país em direção ao desconhecido desde 1419. Essa é a data em que navegadores portugueses descobriram o arquipélago desabitado da Madeira, começando aquilo que se viria a chamar a Época dos Descobrimentos e dando o mote para todas as outras nações europeias.
Isto, claro, implica que uma parte significativa da nossa história seja sobre as antigas colónias portuguesas. Até cinco milhões de Brasileiros são lusobrasileiros e possuem, ou teriam direito a possuir, nacionalidade portuguesa. O mesmo é verdade para 220.000 Angolanos e mais de 80.000 Moçambicanos, compondo assim as três maiores nações independentes que foram em tempos parte do Império Português. Para um país de apenas dez milhões, é bastante.

  

  

  

A imigração levou os portugueses ao mundo

As comunidades portuguesas, no entanto, não são todas reminiscentes da Época dos Descobrimentos. A longa história de imigração portuguesa também é responsável por isto. O período mais significativo para compreender este fenómeno é o da ditadura. De 1936 a 1974, Portugal foi governado com punho de ferro por António de Oliveira Salazar (e, nos últimos anos, pelo seu sucessor, Marcello Caetano), um fascista em tudo senão no nome. O seu austero corporatismo e tendências imperialistas levaram Portugal à estagnação económica e a uma sangrenta guerra colonial que forçariam muitos jovens portugueses a abandonar o país, por mar ou por terra. Claro, da dificuldade surge a oportunidade, e as gloriosas comunidades portuguesas que hoje existem desde Newark, nos Estados Unidos, a Paris ou ao Luxemburgo são um bonito testemunho do espírito empreendedor e da resistência à adversidade do povo português.

  

  

  

França, Estados Unidos e Brasil

Estes são os três países onde vive a maioria dos cidadãos portugueses que trabalham fora do país. Estima-se que vivam 1,4 milhões de Portugueses nos Estados Unidos da América, 800.000 em França e um número semelhante no Brasil.
Áreas como Newark, São Paulo, Belém do Pará ou Paris têm comunidades portuguesas enormes e uma forte influência portuguesa. Pode-se ver este efeito na arquitetura, na comida e até na língua. Portanto, se alguma vez estiver num destes lugares, ou noutros similares pelo mundo fora, não se surpreenda se vir uma bandeira vermelha e verde pendurada à varanda, ou, pelo canto do olho, um desfile de verão com música, a celebrar os santos populares.

  

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